Por favor, não coma milho hoje

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Sempre batemos aqui na tecla de que o acesso à informação é a única arma que o consumidor tem para garantir sua saúde e que é dele e não da indústria o dever de se responsabilizar pela sua saúde. O do consumidor é questionar e tomar as decisões que são melhores para ele e para a sua família. Por isto, hoje vamos falar sobre o milho. O milho é um alimento rico em vitaminas A e do complexo B, proteínas e minerais como o ferro, fósforo, potássio e cálcio. A descoberta e a exploração deste alimento é datada nas eras mais remotas do estabelecimento humano na Terra.

A sua versatilidade, naturalmente, fez com que a indústria alimentícia desenvolvesse uma dependência extrema dele. Para se ter uma ideia, apenas 15% do milho produzido no Brasil é destinado para o consumo direto de humanos. Os outros 85% são usados na produção de alimentos (como a farinha, a margarina, o chocolate…), bebidas (a cerveja, por exemplo) e carnes (alimentação do gado, frango, porco…).

Como sustentar a demanda por um produto como este sem investir em tecnologia limpa? Simples, usando venenos (agrotóxicos) e melhorias genéticas de laboratório (transgênicos). Isto garante uma produção com safras recordes, em tempos recordes e com grau de conformidade aos “padrões do consumidor” recordes. E, claro, um número recorde de doenças. Estimativas apontam que algum número entre 70 e 90% do milho produzido no mundo é transgênico. Então, acontece que diariamente estamos comendo milho doente sem saber (tem milho no iogurte, na cerveja, no leite, no biscoito, no shoyo…) e isto nos adoece.

Um dos artigos mais respeitados no mundo foi publicado no International Journal of Biological Sciences em 2012 e mostrou que o consumo da semente modificada tem efeitos negativos principalmente sobre fígado e rim, órgãos ligados à eliminação de impurezas. Este estudo derrubou a tese vendida pela indústria de sementes que os pesticidas fazem mal apenas às pragas e que a genética modificada do milho não afetaria o corpo humano.

O biólogo molecular Gilles-Eric Séralini e sua equipe trabalharam por dois anos com 200 ratos. Eles foram alimentados com milho transgênico OGM NK603, da Mosnanto, que é plantado também no Brasil, e água contendo o herbicida Roundup. Esta foi a primeira pesquisa que acompanhou efeitos de transgênicos por um período tão longo.
Todos os ratos expostos ao herbicida e/ou ao milho transgênico começaram a desenvolver pesadas patologias a partir do 13º mês da experiência e morreram mais cedo que os ratos do grupo controle. As fêmeas apresentaram tumores mamários em cadeia que chegavam a atingir 25% do peso corporal. Já nos machos, foram órgãos como fígado e rins que apresentaram anomalias facilmente notadas ou severas, cuja frequência foi 2 a 5 vezes maior que nos ratos submetidos ao regime sem agrotóxicos ou produtos geneticamente modificados. No 24º mês, no fim da vida dos ratos, de 50% a 80% das fêmeas expostas ao milho transgênico apresentaram tumores, contra apenas 30% das fêmeas não expostas.
Por este motivo, sempre que alguém nos pergunta qual é o pior alimento não orgânico para se consumir, afirmamos que é o milho. Até porque ele é um inço na indústria de alimentos e está presente em lugares que sequer desconfiamos. Talvez, você leia este texto e ainda não se convença de que consumir orgânicos seja o melhor para você, mas, pelo menos, pare de consumir produtos com milho transgênico (e isso significa diminuir drasticamente o consumo de alimentos e bebidas industrializados). Responsabilize-se pelo que você come. É tudo o que pedimos e é para o seu bem.

Desde o surgimento do Mercado, diversos dos nossos clientes pediam para que vendêssemos farinhas de milho orgânica, mas tínhamos dificuldade de encontrar o produto e um fornecedor com uma produção continuada e que pudesse atender nossa demanda (esta é uma dificuldade real para quem desiste de comer milho transgênico). Agora, depois de bastante pesquisa, dois dos nossos fornecedores passaram a oferecer o produto e, com muita alegria, podemos trazê-los a você (confira aqui e aqui). Nossos esforços para construir um mercado cada vez mais completo e com produtos confiáveis continuam e, em breve, com certeza, você receberá mais novidades.

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